Tá mesmo querendo saber de uma coisa?
Meu cantinho de recortes, postagens, fotos. To aqui, só isso.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015
O tempo passou...
Tantas coisas aconteceram, mais tristes que alegres... Acho que por isso me recolhi ao silêncio e não tinha a menor vontade de escrever. Hoje, contudo, pensei em escrever algo, talvez um texto curto, coisa leve... Só pra voltar à atividade, movimentar, fazer pequenas ondas no pensamento, talvez... Estava assistindo ao filme Nosso Lar e me deu saudade... Saudade de minha mãe que se foi em junho do ano passado, do meu pai que certamente a aguardava ansioso por lá, de minha prima Bete que se foi cedo demais... Da Tia Nair que sempreme fará falta, Vó Tereza com suas plantas, no Tio Dito e suas orquestras americanas... Sei lá, deu saudade, e pensei neles. Acho que não faz mal, faz? Carinho e saudade sempre andam juntos. E hoje tive um momento desses. Beijos a todos vocês que já se foram mas que certamente ainda nos cuidam, de uma forma ou de outra. Beijossssss
segunda-feira, 23 de maio de 2011
GENSA - Encontro Ex-Alunas 21/05/2011 - Obrigada
terça-feira, 8 de março de 2011
NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER, UM TEXTO PARA REFLEXÃO
Autor - Affonso Romano Santana - 15/09/1985
O ROSTO da mulher madura entrou na moldura de meus olhos.
De repente, a surpreendo num banco olhando de soslaio, aguardando sua vez no balcão. Outras vezes, ela passa por mim na rua entre os camelôs. Vezes outras a entrevejo no espelho de uma joalheria. A mulher madura, com seu rosto denso esculpido como o de uma atriz grega, tem alguma coisa de Melina Mercouri ou de Anouke Aimé.
Há uma serenidade nos seus gestos, longe dos desperdícios da adolescência, quando se esbanjam pernas, braços e bocas ruidosamente. A adolescente não sabe ainda os limites de seu corpo e vai florescendo estabanada. É como um nadador principiante, faz muito barulho, joga muita água para os lados. Enfim, desborda.
A mulher madura nada no tempo e flui com a serenidade de um peixe. O silêncio em torno de seus gestos tem algo do repouso da garça sobre o lago. Seu olhar sobre os objetos não é de gula ou de concupiscência. Seus olhos não violam as coisas, mas as envolvem ternamente. Sabem a distância entre seu corpo e o mundo.
A mulher madura é assim: tem algo de orquídea que brota exclusiva de um tronco, inteira. Não é um canteiro de margaridas jovens tagarelando nas manhãs.
A adolescente, com o brilho de seus cabelos, com essa irradiação que vem dos dentes e dos olhos, nos extasia. Mas a mulher madura tem o som de adágio em suas formas. E até no gozo ela soa com a profundidade de um violoncelo e a sutileza de um oboé sobre a campina do leito.
A boca da mulher madura tem uma indizível sabedoria. Ela chorou na madrugada e abriu-se em opaco espanto. Ela conheceu a traição e ela mesma saiu sozinha para se deixar invadir pela dimensão de outros corpos. Por isto suas mãos são líricas no drama e repõem no seu corpo um aprendizado da macia paina de setembro e abril.
O corpo da mulher madura é um corpo que já tem história. Inscrições se fizeram em sua superfície. Seu corpo não é como na adolescência uma pura e agreste possibilidade. Ela conhece seus mecanismos, apalpa suas mensagens, decodifica as ameaças numa intimidade respeitosa.
Sei que falo de uma certa mulher madura localizada numa classe social, e os mais politizados têm que ter condescendência e me entender. A maturidade também vem à mulher pobre, mas vem com tal violência que o verde se perverte e sobre os casebres e corpos tudo se reveste de uma marrom tristeza.
Na verdade, talvez a mulher madura não se saiba assim inteira ante seu olho interior. Talvez sua aura se inscreva melhor no olho exterior, que a maturidade é também algo que o outro nos confere, complementarmente. Maturidade é essa coisa dupla: um jogo de espelhos revelador.
Cada idade tem seu esplendor. É um equívoco pensá-lo antes como um relâmpago de juventude, um brilho de raquetes e pernas sobre as praias do tempo. Cada idade tem seu brilho e é preciso que cada um descubra o fulgor do próprio corpo.
A mulher madura está pronta para algo definitivo.
Merece, por exemplo, sentar-se naquela praça de Siena à tarde acompanhando com o complacente olhar o vôo das andorinhas e as crianças a brincar. A mulher madura tem esse ar de que, enfim, está pronta para ir à Grécia. Descolou-se da superfície das coisas. Merece profundidades. Por isto, pode-se dizer que a mulher madura não ostenta jóias. As jóias brotaram de seu tronco, incorporaram-se naturalmente ao seu rosto, como se fossem prendas do tempo.
A mulher madura é um ser luminoso e repousante às quatro horas da tarde, quando as sereias se banham e saem discretamente perfumadas com seus filhos pelos parques do dia. Pena que seu marido não note, perdido, que está nos escritórios e mesquinhas ações nos múltiplos mercados dos gestos. Ele não sabe, mas deveria voltar para casa tão maduro quanto Yves Montand e Paul Newman, quando nos seus filmes.
Sobretudo, o primeiro namorado ou o primeiro marido não sabem o que perderam em não esperá-la madurar. Ali está uma mulher madura, mais que nunca pronta para quem a souber amar.
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
18/01/09 - Brewood > Birmingham > Paris > SP

Domingo - Dia ensolarado, choveu durante a noite mas o tempo resolveu dar uma de bonzinho e mostrar o sol só pra gente se despedir da Inglaterra com uma imagem mais luminosa.
17/0109 - Shrewsbury

Sábado - Manhã ensolarada gostosinha +7C mas à tarde nublou. O vento forte, dava a sensação de -2C.
16/01/09 - Trentham & Flores

Sexta-feira - Melhorou o tempo, saiu até sol!!!! +7C.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
15/01/09 - Castelo de Warwick

As salas são mantidas como eram originalmente e as mais recentes têm uma exposição cujo tema é uma 'tertulia' familiar, um chá real, com estátuas de cera do Museu Madame Trussaud de Londres, representando os convidados dessa festa que aconteceu no século XIX. Entre eles, Wiston Churchill com uns 25 aninhos de idade. Pra quem não sabe, ele foi primeiro ministro e importante personagem na negociação do término da II Grande Guerra em 1945. Bom, a coisa é muito linda. As estátuas parecem pessoas de verdade e os ambientes estão como no dia em que a tal festa aconteceu. Os funcionários do museu estão vestidos a caráter, com as roupas da época, e ficam parados pra confundir a gente. Eu tomei vários sustos com o mordomo e a camareira (que deviam ser vigias tomando conta do museu). Ele apareceu enquanto eu estava me deliciando em uma sala de música, onde havia uma estátua de uma cantora, um pianista acompanhando-a e duas 'ladies' sentadas nos em cada um dos sofás da sala. Parecia que EU é que era o fantasma, espiando a vida deles. Tava lá eu, embevecida com a cena, no mundo da lua, me aparece o mordomo perguntando se eu queria alguma informação. Caraca, meu! Vai assustar o falecido não eu! Eu disse: Não obrigada, estava só curtindo a atmosfera (em inglês, claro!) aí ele me explicou uns detalhes da sala, agradeci e me mandei pra próxima sala. Você segue o roteiro como se estivesse vendo os bastidores da preparação da tal festa, os convidados se arrumando nos quartos. Tudo perfeito!
Eu disse pro Ian que quando o museu fecha, com certeza aquelas estátuas voltam a se movimentar refazendo todos os preparativos daquela festa. Todas as noites! Eu, hein?!?!? Vai ter fantasma assim, só lá na Inglaterra!
Esse castelo fica ao sul de Brewood, onde estamos, perto da cidade de Strattford-Upon-Avon... Pros desavisados é a cidade onde viveu William Shakespeare. Pena que saimos muito tarde do castelo e escureceu logo e nao pudemos ir ate la. Mas só a visita do castelo valeu e muuuuuito! Maravilhosoooooo!!!